COP28: Acelen realiza painel sobre o potencial da macaúba como biocombustível em escala global

Os participantes foram Marcelo Cordaro, VP de Novos Negócios da Acelen, Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Luis Gabriel Azevedo, Chefe de ESG da IDB Invest, e Peter Eisner, vice-diretor do Fraunhofer Institute.

 

Durante a COP28, a Acelen realizou o painel “Seeding the Energy Transition: Macauba and the Future of Low-Carbon Biofuel” para destacar todo o potencial da macaúba como a principal matéria prima da transição energética.

Durante o debate, realizado no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os participantes destacaram os benefícios ambientais, sociais e econômicos da planta brasileira na produção de combustíveis renováveis, SAF (Combustível Sustentável de Aviação) e o Diesel Renovável.

De acordo com Marcelo Cordaro, a macaúba possui alta produtividade de óleo por hectare em relação a outras culturas e ainda oferece maior eficiência no uso da água e nutrientes.

“Será a planta mais competitiva do mundo. Iremos investir mais de U$2,5 bilhões de dólares em dez anos com muita inovação e parcerias em todo o mundo. Também utilizaremos a agricultura familiar e as melhores práticas agrícolas e ambientais, com captura de carbono e a redução de emissão de CO2 da semente ao combustível”, destacou Cordaro.

Já Rodrigo Rollemberg, com sua experiência enquanto Secretário de Economia Verde, demonstrou entusiasmo pelo projeto de transição energética da Acelen. “Tenho convicção que teremos capacidade de avançar rapidamente e conseguir aprovar o mercado regulado de carbono”, afirmou.

Luis Gabriel Azevedo, da IDB Invest, destacou o projeto e posicionamento empresarial da Acelen: “Inovador e que traduz credibilidade e competência”.

Já o cientista alemão do instituto Fraunhofer, Dr. Peter Eisner, destacou que a Macaúba é uma planta virtuosa porque serve para atender diversos propósitos de produção ao mesmo tempo. “Combustíveis, alimentos, fibras e derivados, a planta fornece matéria prima para produtos em todas essas áreas”, destacou ele em sua participação.

E no caso da aplicação do óleo de Macaúba na aviação, ele prevê um potencial exponencial:

“É possível produzir cerca de 2,5 toneladas de óleo por hectare plantado. Se há no Brasil 150 milhões de hectares de terras degradadas é possível plantar a Macaúba nessas áreas, sem criar nenhum dano de desmatamento, agregando valor para essas terras, gerando 375 milhões de toneladas para atender à grande demanda global”, concluiu.